Sistema de controle
Cancelas
São os mecanismos que se destinam a restringir o acesso físico de veículos, após o processamento das credenciais apresentadas para a liberação de acesso.
As cancelas possuem componentes mecânicos — como motor, engrenagens, polias, haste (ou “braço”) — e eletrônicos — como sua fonte de alimentação e sua placa controladora.
Um fato pouco conhecido é que, apesar da grande maioria das cancelas se destinar à restrição de acesso de veículos automotivos leves ou pesados (carros, ônibus e caminhões), existem casos em que são instalados modelos especiais para controle de acesso de motos ou bicicletas.
Há também modelos ultra-robustos, que conseguem até impedir fisicamente a entrada de um caminhão em uma área de acesso muito restrito (como áreas militares).
Em um bom projeto de acesso com cancelas, é fundamental incluir recursos para a segurança física dos usuários, como laços magnéticos, sensores anti-esmagamento, semáforos e sinalização de segurança.
Em ambientes com maior necessidade de segurança, pode ser adotada a eclusa de acesso veicular, com duas cancelas — a abertura de um estágio da eclusa é condicionado ao fechamento prévio do estágio anterior, exceto em situação de pânico ou emergência.
Catracas
Para o controle de acesso de pedestres, um mecanismo muito utilizado é a catraca.
Existem modelos do tipo pedestal, com necessidade de pequena área para instalação, do tipo balcão, usualmente com leitoras diferenciadas para entrada e para saída, e do tipo PNE (“Portador de Necessidades Especiais”), adequadas para acesso por pessoas com restrição de locomoção.
Para impedir o acesso, as catracas podem ser dotadas de hastes metálicas, aletas transparentes em vidro ou acrílico, ou portinholas de acesso.
Um opcional de uso frequente é a urna coletora de cartões, para resgate de cartões de visitantes.
Com firmware especial, as catracas podem ter recursos interessantes, como o do “sorteio aleatório” de usuários, ou a integração com detector de metal.
Torniquetes
Da mesma forma que as catracas, os torniquetes são utilizados para restrição de acesso de pedestres.
A grande diferença é que os torniquetes evitam que uma pessoa salte sobre o corpo da catraca, burlando o controle de acesso.
Um bom torniquete também evita que duas pessoas realizem o acesso com uma única liberação de acesso — o “piggybacking” (ou “carona”).
É importante prever, em uma instalação com torniquete, o tratamento de casos como o de acesso de PNEs e a liberação emergencial ou em pânico.
Portas
Após a restrição de acesso no perímetro — através de cancelas, catracas e torniquetes — o sistema de controle de acesso físico será responsável por controlar o acesso em salas e espaços de uso comum.
O mecanismo de controle mais utilizado é a instalação de fechaduras eletromagnéticas ou eletromecânicas em portas ou portões.
Um recurso muito importante é a liberação de acesso remota (com auditoria do operador responsável), que pode ser utilizada para casos em que a pessoa não possui uma credencial emitida, ou um acesso excepcional deve ser liberado.
Outro recurso interessante é o alarme — local e/ou remoto — de esquecimento de porta aberta, após um limite de tempo configurado.
Leitoras
Cada tecnologia de identificação pessoal, para o controle de acesso físico, possui uma leitora correspondente.
Assim, temos leitoras biométricas — de impressão digital, geometria de mão ou de reconhecimento facial –, leitoras de cartões de proximidade, leitoras de cartões inteligentes sem contato e leitoras de tags RFID e comunicação NFC.
Cada leitora terá um custo x benefício que deverá ser considerado em sua seleção.
Um aspecto fundamental a ser considerado é a segurança: atualmente, cartões e leitoras com tecnologia Wiegand são considerados inseguros, apesar de serem muito difundidos.
Cartões de acesso e suas tecnologias
Os cartões de identificação eletrônica para controle de acesso físico são muito utilizados, por sua praticidade e boa relação custo x benefício.
Algumas tecnologias foram surgindo com o passar do tempo, em uma crescente evolução tecnológica: códigos de barras, tarja magnética, proximidade (125 KHz) e ISO 15693, Wiegand, smartcards, MIFARE (13,56 MHz) e cartões ISO 14443 e ISO 18000, BLE (Bluetooth Low Energy), NFC (Near Field Communication), entre outros.
Um aspecto básico a ser considerado é a alimentação para o funcionamento do cartão: cartões ativos possuem uma bateria interna (com vida útil limitada), enquanto que cartões passivos são alimentados pelo campo de radiofrequência (RF) da leitora.
A seleção de um cartão adequado, para cada situação, deve sempre considerar o nível de segurança desejado, o custo de implantação e o custo de manutenção do sistema de controle de acesso.
Também é prudente avaliar, em casos onde o nível de segurança exigido é maior, a adoção de um segundo fator de autenticação, como uma biometria ou senha digitada em teclado.