Ataques cibernéticos a instituições de saúde ganharam destaque durante a pandemia. Em 2020, a Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL) publicou um relatório alertando sobre um aumento global na prevalência de ataques cibernéticos relacionados à pandemia causada pela COVID-19. O setor foi severamente afetado devido ao aumento significativo da demanda por atendimento clínico, equipamentos médicos e principalmente o uso da tecnologia, que aumentou a superfície de contato sujeitas a ataques.
O ataque pode ser direcionado tanto a técnicos responsáveis quanto a instituições de saúde e pesquisa. Em sua grande maioria, o intuito dos ataques é a extorsão de valores para devolução dos dados sequestrados ou restauração dos serviços digitais prestados pela vítima.
Juntamente com os serviços de saúde, outras partes da cadeia do setor de saúde também são vulneráveis, incluindo fabricantes de produtos médicos. Propriedades intelectuais extremamente valiosas, como novos tratamentos, diagnósticos e vacinas também estão na mira dos ataques. Infelizmente, as organizações de saúde e universidades geralmente carecem de recursos para se proteger contra ataques cibernéticos e podem ser gravemente afetadas pelo custo e pelos impactos de longo prazo das violações de segurança.
Devem ser feitos investimentos em infraestrutura de TI moderna com gerenciamento eficaz da cibersegurança. Na luta para fortalecer os serviços de saúde, as organizações não devem negligenciar a ameaça iminente da cibercriminalidade.
Referência:
Menaka Muthuppalaniappan, LLB, Kerrie Stevenson, MBChB BMedSci (Hons) FHEA, Healthcare cyber-attacks and the COVID-19 pandemic: an urgent threat to global health, International Journal for Quality in Health Care, Volume 33, Issue 1, 2021, mzaa117, https://doi.org/10.1093/intqhc/mzaa117